Dizem que é com a fome do País.
Mas também dizem que é uma mulher nua de repente.
Ainda dizem que é um gajo a voltar das especiarias, embora menos.
Garantem que é sempre a cavalo no mar,
sela de espuma não esquecendo.
Virilhas e ilhargas, ilhas largas, viris.
Dizem que é uma puta velha inquietando
rapazes muito novos, mas muitos.
Dizem que é poder decidir a sobremesa,
mesmo que a não haja.
Dizem que é cuspir os pulmões em plena
História da Serradura.
Dizem outras coisas, mas um poema
não pode dar confiança a tudo o que se diz.
Dizem que é ser feliz.
Eu não sei.
Dizem que é enxertar limões em laranjeira.
Também dizem que é uma puta nova aquietando
homens velhos, mas tantos.
Quilhas ao calhas, filhas vagas, pueris.
Discursam que vem de Bruxelas,
sobremesa à parte.
Isso eu sei.
Chama-se noite, a gaja.
Escusado dar-lhe nome de avenida.
Chama-se vida.
Dizem que é ser feliz.
Dizem que é conforme o país.
2 comentários:
estou à espera dos companheiros do Tapor
estou à espera dos companheiros do Tapor
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