Demorada atenção tenho deitado, como a um pequenino filho, ao mundo.
Aprender, aprendo. Vossemecês não?
Demoro-me de boca aberta, já, perante outra realidade: mais surda, de mar interior.
Isso sabeis. Também.
Demora-me a vida, esse sopro no barro que o leite origipaternal tomou de rosa respiratória, convulsa, apaixonada ainda, tantos irmãos depois.
Demora-se quem me tarda: pois que por ela arda, toda a ânsia é demora moratória.
Pombal, 24 de Setembro de 2004
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