25/08/2020

VinteVinte - 42 (cont. II)

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Mais: embora ligeira, pode dar-se “síndrome da serotonina” quando se associa o mamar fluoxetina em conjunção com lítio, selegilina, erva-de-são-João, o analgésico tramadol, o triptano para as enxaquecas & o triptofano até, coitado – pode ser o, ou dar no, diabo-a-quatro-pintado-a-sete.

Pensareis talvez que estou brincando com coisas sérias – e estou. Brincar até morrer – dizia um cachopito da minha Escola Primária que tinha leucemia mas era um rico extremo-esquerdo na mesma. Mas olhai o caso do “Esfinge Gorda”. Sim, o Sá-Carneiro (o Mário, não o Chico da avioneta de Camarate). O Mário era de pai com dinheiro, mas nem assim andava, o filho, com menos ansiedade & menos deprimido. A fluoxetina poderia tê-lo ajudado, a ponto de se não matar – e logo tão novo & tão em Paris.

Vai & vem tudo da pastilha certa na vida incerta. Fluoxetinando-se um gajo, há que cuidar de saber se andam por perto oponentes perigosos tipo antiarrítmicos das Classes IA e III, antipsicóticos como os que derivam da fenotiazina, da primozida & do haloperidol, sim, os famigerados antidepressivos que, apesar de tricíclicos, não são p’a meninos, certos furtivos agentes antimicrobianos como o John Le Carré, o Graham Greene, o Ian Fleming/James Bond e ainda a esparfloxacina, a moxifloxacina, a eritromicina (a IV, claro) e/ou a pentamidina. A misturada arrisca o sector cardíaco, que não é brinquedo. (...)

Canzoada Assaltante