157.
DA MEDIOCRIDADE DE SER MERA GENTE
Coimbra, terça-feira,
6 de Outubro de 2020
(I)
(Este homem vejo laborando em demanda de entendimento. É dele só a acção com que entretém & entretece a existência-em-demanda. Vem de um lar sem retorno. Tem documentado profusamente a sua passagem – não forçosamente verosímil é sua recriação, não à força veraz sua recreação. É como ele, querendo-o ou não, as deixa feitas.
Dessa profusa documentação vou retendo veios recorrentes. E também alguma eventual centelha, fulgor de outra dimensão que nesta acha contraste. Não a torno mais clara nem mais brilhante, sei-o bem – porém persisto em tal secretariado ao correr da minha própria demanda por o meu entendimento mesmo.)
II
É precário o que se abstém de fixar o volúvel.
É medíocre ser mera gente, não particular pessoa.
Gerânios – disse alguém dentre o fumo da sala.
Ninguém – disse quem trazia tais flores à festa.
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