26/12/2020

VinteVinte - 165 (XI & XII)




XI


A camisola de Sepp Maier é azul-cerúlea.
A de Jongbloed é amarela.
A minha é de louvar odes a Marília.
E a tua está tão suja, que já cola.

A poesia dá p’ra tudo, como a má-vida.
E como a boa também, feitas as contas.
Quem chega, não saúda despedida.
Quem é d’ida, vai a prós, não vai a contras.

XII

Acho-me há algum tempo pausando, calculando
restos de frase, como meu Pai d’exacto soía.
Eu achava então que era porq’ele envelhecia,
E era: contas sabia, frases (de)formando.

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Canzoada Assaltante