(IX)
(Acabo de escutar a uma moça, na Rua do Padrão, isto que ela disse a seus dois moços irmãos:
– A gente vai indo.
Ah pois vai, menina. Ah pois vamos.)
(...)
XIII
Escrevivo coimbramente sem prejuízo pátrio.
Coimbra não é melhor que o resto, é só mais bonita.
Tipo aquela rapariga que brancamente aflora o pátio
de antepassados futuros cujo nada já palpita.
Venho de gente que não fala, não há telemóveis no Céu.
Falo eu por eles, eles tão em mármore ora jacentes.
Parecem-me ora de uma pureza lavada ao léu.
Sei pouco & amo muito corpos indiferentes.
(...)
Aprendi na Escola: bem feitinha, toda a conta dá resto-zero.
Idade-Medieval: Povo-Nobreza-&-Clero.
(Não por esta ordem – se não, marca desordem.)
Os gajos das dente-próteses ladram mas não mordem.
Escrevivo coimbramente para cá das minhas posses.
Tenho agora três euros, só por causa das tosses.
Acho piada aos nobéis, fácil-cebolada:
a quem o não deram - & ao Dylan, por nada.
(...)
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