Souto, Casa, madrugada de 2 de Janeiro de 2010
Ontem esqueci o que saberei hoje.
Dean, Monroe, Mao, Guevara, Adams, Feltrinelli, Lipovetsky, Castro, Kent, Jor-El, Nathaniel Samuel Fischer Jr., Boone, Parker, Korda, Gorki, Rendilho, Veríssimo, Fitzpatrick, Fangio, Videla, Eichmann, Bernal, Sartre, Sastre, Retamar, Deniz, Salcede, Krieger, Krüger, Bach, Bosh, Bashô, Pires, Harding, Gustafsson, Gard, Banville e Almeida.
Se pensar nela, que assustadora, a minha mediocridade! Que assustadora, a alarve alacridade de cada um!
Uma bala ou um sermão?
Uma granada ou uma prédica?
Tem de ser revisitado o horror de Heydrich.
Os mastins humanóides necessitam de extermínio, não venham com merdas.
O Korda da foto universal do Che morreu a 25 de Maio de 2001. Coexistiu tudo nele: por ter sido captor de um instante inalienável. Quantos poderemos ousar sequer desejar parecido?
Mas – e um Heydrich?
Como sobrepassá-lo?
Como integrar na corrente humana tal monstro?
A tragédia resulta maior por não nos ser possível matar um morto.
E então isto: o amanhã ser só feito de esquecidos ontens.
2 comentários:
Passo por aqui como que cumprindo um qualquer ritual. Eu sinto-me bem na casa dos amigos.
Abraço e ANO NOVO grande.
As tuas visitas são o vero cachet deste sítio.
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