Souto, Casa, tarde de 5 de Janeiro de 2010
Industriado na seminal poesia do ar frio, pude desde sempre vogar devagar a quanto horizonte o olhar podia.
Rosto adoçado
pela branda brisa,
olha, não precisa
mais de ser olhado.
Mondego sereno,
rio meu natal,
nasce em Portugal,
por isso é pequeno.
Escuras lavadeiras
da roupa mais clara,
o Sol lhes atira
horas duradouras.
Pranto de salgueiro
a minha voz timbra,
eu sou de Coimbra
e do mundo inteiro.
Retiro-me agora para um quarto breve, vou ali e digo assim: muita corrente-de-ar defenestra pensar.
1 comentário:
Fui encher a bilha e trago-a
Vazia como a levei!
Mondego, que é da tua água
Que é dos prantos que eu chorei?
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