Souto, Casa, tarde de 2 de Janeiro de 2010
Vergastas-te de ópio e de calamento e de compras discretas feitas a horas-mortas.
És um cidadão e vives em democracia e tudo está bem quando acaba mais ou menos.
Grassam à flor da terra os mortos futuros, não, nem toda a gente é boa caça.
Tens frequentado covis e salões, azinhagas e travessas avinagradas a mijo de gato e associações recreativas e lançamentos borda-fora de versos bem intencionados mas
sinceramente.
Às tantas, és lisbonense, vives na Rua Carlos Mardel ao Alto do Pina, em algum saguão alivias as micções solitárias e ardentes e lunares e solitárias e solitárias.
Ou então não, não vives, vergastas-te mas não vives propriamente o que viver é.
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