03/01/2010

Véspera sem Nitrato nem Prata


© Edward Steichen – The Pond Moonlight (foto, não pintura, de 1904)



Souto, Casa, entardenoitecer de 3 de Janeiro de 2010




Por Argentina e Chile, rios de cavalos conspiram o tempo feito couro.
Rico de prata e nitrato, o chão queima os homens já de si emparedados entre planície e firmamento.
Tinem navalhas e malgas de metal no espólio narrativo destas aragens & paragens.
É o que imagino, a milhas de mais distantes.
Por cá, pouca humanidade em o anoitecimento de domingo.
Não é que faça frio em excesso, mas as ruas não chamam.
Papilam luminotecnias arrefecidas e vãs, ângulos de telha obliquam a distracção, um carro que outro no estacionamento do cinema, hoje em dia os computadores sequestram em casa os namorados e os solitários deles afins.
Por Argentina e Chile, fogachos de pólvora, clarões de dinamite boreal, dos lados do mar um espelho deita-se à Lua Grande – e segunda-feira não é nunca na planície, aqui sim.

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Canzoada Assaltante