A indignação faz parte da Cultura Geral, a qual doravante indicarei por CG.
Um assomo de indignação batucou rijo no final do primeiro texto desta série CG.
Era a propósito, lembro, dos norte-americanos e da política externa perfeitamente assassina que desde Agosto de 1945 vêm sobranceiramente impondo ao mundo, que aliás só reconhecem para mamar.
As bombas de Hiroxima e Nagasaki não foram para terminar mais depressa a II Guerra Mundial, vergando o Japão, último esteio do falido Eixo Berlim-Roma-Tóquio. Foram para mostrar o bíceps atómico à União Soviética. Foram, daí, o primeiro sopro gélido da Guerra Fria.
Com o Plano Marshall, a Europa subjuga-se à "cultura" dos xerifes. Merda plastificada disfarçada de comida, genocídios disfarçados de humanitarismo, arrogância mascarada de exemplo democrático, cara Declaração de Independência - coroa Vietnam.
Sem História quase, os EUA são o exemplo vivo da porcaria que todo o colonialismo dejecta.
Safa-se o jazz, coisa, aliás, de negros.
Que se indignaram também, tocando.
Tondela, 11 de Julho de 2005
11 comentários:
O Plano Marshall salvou a Europa da miséria e da fome, assim como garantiu a coesão da Europa Ocidental e pelo vistos fez toda a diferença em relação à Europa de Leste. Só uma cabeça vermelha e alinhada com aquilo que já nem existe para alinhar é que poderia agora vir cascar no Plano marshall. Melhores eram os planos de Praga e de Budapeste.
Isso da cabeça vermelha também temos. Um pouco mais abaixo.
De facto não partilho da tua opinião, a história moderna tem mostrado o papel fundamental dos E.U.A na construção de um mundo melhor: na I e II grande guerra; A libertação da europa no pós guerra; o plano Marshall; o contributo americano para um mundo livre e liberto das crenças utópicas (ainda existentes) soviéticas; a conquista do espaço; a libertação dos croatas e bósnios; o contributo americano para a instauração de uma democracia em Portugal no pós 25 de Abril; o papel fundamental dos E.U.A na liberdade dos Timorenses; e actualmente na guerra contra o terrorismos. Mais, no plano científico e intelectaul os E.U.A são o país mais desenvolvido do mundo, veja-se quantos prémios Nobel ganham autores e investigadores americanos!!!!
Felizmente não tenho nenhum preconceito relativamente aos E.U.A em geral e ao capitalismo em Particular, os E.U.A são o maior país do mundo, são a única superpotência mundial, têm poder económico; militar; tecnológico e cultural. Tudo o resto que possam dizer são: “Words...words...words”. Bem sei que alguns europeus chegam a escarnecer da possibilidade de os E.U.A poderem ter uma cultura, acham que ainda é uma sociedade que vive em estado selvagem, pautada pela violência e devastada pela criminalidade! Mas eu sei que as pessoas que participam neste blog não vão por aí, são pessoas informadas que conhecem Poe; Faulkner; Tennessee williams; Henry James; scott fitzgerald, etc. Estou certo também que sabem o amplo espaço de liberdade que é a sociedade americana, só isso permitiu o aparecimento da chamada “Gilded Age” onde pontificaram vários escritores a criticar a sua própria sociedade, fica a título de exemplo nomes como Sinclair Lewis; Frank Norris, Upton Sinclair, etc. Falo-vos dos “muckrackers”, se quiserem acrescento os nomes de john updike e tom wolfe.
No mesmo sentido vai o cinema americano que pauta pela abordagem frontal dos casos e assuntos “mais quentes” da história americana.
Todas as sociedades têm os seus defeitos, qualquer um de nós tem o dever e o direito de os apontar e até condenar, mas desde que sejam os verdadeiros defeitos. Ora o que eu leio e oiço relativamente aos Estados Unidos são um bando de aleivosidades, uma panóplia de lugares comuns, que pecam pela falta de originalidade e demonstrando um desconhecimento total do que se está falar.
Dizer que os americanos são isto e aquilo, demonstra uma arrogância europeia que eu discordo. É hipócrita da nossa parte criticar o unilateralismo e arrogância americana, nós fazemos exactamente a mesma coisa quando afirmamos a nossa pseudo superioridade cultural e social.
Tanto quanto sei foram os Europeus que fizeram do século XX o mais negro de toda a história, nos domínios da política e da moral, entenda-se. Foram eles que desencadearam esses dois cataclismos de uma envergadura sem precedentes que foram as duas guerras mundiais; foram eles que inventaram e concretizaram os dois regimes mais criminosos jamais impostos à espécie humana. E estes cúmulos de maldade e de imbecilidade foram atingidos por nós, Europeus, num lapso de tempo inferior a trinta anos.
Se, à decadência europeia provocada pelas duas guerras mundiais e pelos dois totalitarismo, acrescentarmos os quebra-cabeças resultantes no terceiro mundo em consequência da descolonizarão, continua a ser na Europa que se tem de procurar os responsáveis, pelo menos parciais, dos impasses e das convulsões do subdesenvolvimento.
Naturalmente, como sucede com todas as sociedades, mesmo as democráticas, a sociedade americana tem imensos defeitos, mas seria boa política não copiarmos esses defeitos e sobretudo olharmos para os nossos (defeitos), quiçá bem mais relevantes que os dos nossos amigos americanos.
Eu compreendo que a superpotência americana tire o sono a muita gente, mas recordo que nos deveríamos interrogar sobre as nossas responsabilidades na génese dessa preponderância, fomos nós (europeus) que transformamos o século XX no mais negro da nossa história, fomos nós que provocamos os dois apocalipses que foram as duas guerras mundiais, fomos nós que inventámos os dois regimes políticos e mais absurdos e criminosos que jamais foram impostos à espécie humana. SE a Europa Ocidental, em 1945, e a Europa Oriental, em 1990, não eram senão campos de ruínas, de quem é a culpa? O “unilateralismo” americano é a consequência , e não a causa, da perda de poder do resto do mundo”. Não deveríamos atirar pedras quando temos tantos telhados de vidro, hoje mais do que nunca devemos e podemos criticar os americanos, mas conscientes de que foram e são nossos aliados e amigos, só com eles (nunca contra eles) é que podemos construir um mundo mais justo e livre.
Ass: Tio Sam
Tio Sam vai pró caralho. Esse coment era um Post do tapor. Mal empregado aqui no Cão que nem te responde e só bitaita a vermelho. Faz Post disso no Tapor que temos discussão para uma semana.
E do que dizes acrescento por baixo.
E sublinho ainda o seguinte. O Cão faz uma visão estereótipada da América e vê aquilo com uma unânimidade que não existe. Há ali quase 50% que não votou Busch e que foi contra a invasão do Iraque.
E registo só mais uma coisa. Foi da América que me chegaram os geniais Saul Bellow, Philipp Roth, John Updike, Gore Vidal, Flannery O`Connor, William Faulkner, Ernest Hemingway, John Steinbeck, Henry Miller, Henry Mencken, Vladimir Nabokov, Charles Bukowsky, Edmund White, Joseph Brodsky, Tom Wolfe, e vários outros que agora não lembro e isto só para citar alguns dos maiores génios de sempre da ficção que li. Reduzir a América ao Jazz é reduzir a Rússia à negritude do nojento comunismo soviético.
ass: Vânia Karamazov
Olá Cão. Vai ao tapornumporco. Temos lá um desafio à tua altura, com prémio e tudo. Tu e todos os clientes daqui, claro.
Mefistófeles
Para que se saiba, sede bem-vindos.
Detesto, saibam ainda, o estalinismo, o maoísmo e todos os outros ismos irracionais que do outro lado da Cortina mataram, pilharam, violaram e tudo o mais.
Mas, dizei-me, falais do Tom Wolfe d'A Fogueira das Vaidades ou do Thomas Wolfe?
Quanto à Liberdade à la USA, aproveito para vos endereçar, o mais amigavelmente, um novo insulto portuense que esta semana aprendi: Ide lavar o cu com merda!
eu não disse que saía bitaite em jeito de resposta? ora bruxo.
ass:Vânia
eh lá, ó Cão, há ali em ciam um Coment deleted. Que é isso rapaz? Não gostaste da boca e vai de lápis azul? Essa merda é grave, muito grave mesmo. expilica lá isso outra vez...
ass: Vânia Karamazov
Vânia Karamazov, caríssimo:
só há comentário "deletado" porque postei duas vezes o mesmo.
Aqui não há censura.
Grato pela observação.
Abraço canino
...«o papel fundamental dos E.U.A na liberdade dos Timorenses» - in longo texto do Tio Sam (acima).
Essa cabeça é um rio onde só se pescam botas... Nem comento mais - estou bem assim descalço!
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