O corpo excede-nos, sabe mais de que necessita.
Corremos atrás dele, seguimo-lo por azinhagas sombrias, veredas de granito, rastilhos de versos pobres cantados por avós muito pobres.
O corpo concretiza todo o real, essa pobre palavra.
Ele traça a derrota, nós derivamos em sua popa.
A cartografia pirilampa de luzinhas natalícias que são nomes de outros corpos.
Depois guardamos tudo em casa e somos os cães de guarda.
Escusado ter cuidado com o cão.
Pintura: Magritte, Le Tombeau des Luteurs
Texto: Tondela, tarde de 26 de Julho de 2005
2 comentários:
se ligasses mas é o telemóvel! Hoje passámos por Tondela, tentámos contactar contigo, perguntamos no tasco, berrámos na praça e nada!Se tafossepornumporco!
Então e não avisam antes? Eu estava cá. Caraças, pás!
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