O senhor que eu era para ser levantou-se dentro do sono sem erguer-se da cama. Aturdido por mais um renascer, pulsou 11h29 no rubi eléctrico da cabeceira, bebeu água velha do copo do rádio e verificou que a ausência é uma companhia le(t)al. Antecipou o frio dos pés no tapete encolhendo-se de ventre e esperando que o próximo minuto lhe perdoasse o mau hábito de estar vivo.
Pombal, 26 de Janeiro de 2005
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