A quem, ao quê, devo agradecer este milagre de tudo me ser palavras?
É mais que apenas a vida de viver, amor, escrever.
É perceber de canções, sargaços, destroços, pedaços.
Bocados de língua: como biopsias.
Enrola a onda seu mar interior, cardumada de peixes barbatanantes.
Filtra o cine-sol seu auditório de folhedo, pássaros maquinistas pilram a banda sonora: o mundo melhora.
Eu quero agradecer as palavras todas, mas não sei ao quê, a quem.
Agradeço-as às mesmas palavras, enfim.
Tudo pousa, o cansaço é doce, um mais que verso aqui me te trouxe.
Tondela, tarde de 23 de Julho de 2005
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