Tirando por agora o zamericanos de cima da mesa, há que dar uma volta por França. Este Doisneau está bem.
Há que repensar Drieu La Rochelle e Louis-Fernand Céline. Deus e Direita, nazismo e individualismo, pederastia e medicina popular etc.
Tentar ignorar a sobranceria Sartre-Castor/Beauvoir e os insensatos incensos do provincianismo à la Eduardo Prado Coelho (pobre Jacinto Pai).
Camus é melhor.
E o perdido Althusset, o que matou a mulher sem saber como nem porquê.
Estimar Barthes e Foucault pela indesmentível inteligência, derivando até "Incidentes" (ed. portuguesa na Quetzal) do primeiro. E apreciar a magnífica desenvoltura do segundo apreciando Velásquez.
Desprezar o futebol francês e o centrismo caduco francês. E quase tudo o que é francês, excepto o que, sendo-o, não é menos bom por isso.
Rir apreensivamente da pornoloucura da Millet, C.
Éluard sempre, mesmo que Gala o tenha encornado/preterido pelo genial e catalão Dalí.
Sempre também, e arriba, Jacques Prévert. Ainda não se escreve tão bem poesia em francês desde o velho fumador.
Simenon e Brel, belgas de berço: palavras altas. A autobiografia de Simenon ("Mémoires Intimes") perturba e turva, muito muito muito. Mas lê-la depois de muitos Maigrets.
Léo Ferré incontornável. Algum Brassens.
E Paris, aonde nunca fui.
Au revoir, les amis.
Foto: Robert Doisneau
Texto: tarde de 15 de Julho de 2005
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