Este também acreditou estar na posse da razão.
Neurocapacho de Hitler.
Meteu-se num avião a 10 de Maio de 1941 e aterrou espalhafatosamente: vinha trazer a paz aos Ingleses contra os Soviéticos.
Não quiseram. Engaiolaram-no, julgaram-no, engaiolaram-no até ao último dos muitos dias que viveu.
No fim, destruiram a gaiola, não fosse ela tornar-se mecafátima de peregrinos suásticos.
Pensou que era ariano, branco, zénite biológico, cruzado mas puro, templário, torre, bispo ou cavalo do Ente Supremo, fiel de Hitler com Deus à direita do Fürher e ele, Hess, à esquerda.
Viveu muitos anos, mais do que merecia por ter acreditado no que acreditou e praticado o que praticou.
Mas esta é a Natureza.
Há crianças com leucemia.
Ele, não. Ele, não. Viva Deus, portanto. Ou Hitler. Quem acredita, acredita em tudo.
Texto: Tondela, noite de 27 de Julho de 2005
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