Eles e elas, sempre.
O minério e a árvore são os exemplos iniciais.
A janela e o elevador.
Tinta forte potenciando a luz natural nas casas.
O homem que passeia o cachorro e vice-versa.
Da mulher do quiosque, a bochecha levantada pela mão amparada no cotovelo sobre a pilha de jornais.
A edição latina do desejo comercial.
Um livro de leis numa biblioteca de excepções.
Mulheres na cozinha senhorial depenando galinhas.
A bacia de água a ferver.
A manhã de Março de 1972 e o poema que mereceu à Irmã.
Um azulejo eidético.
O mar como um recado pessoal.
Escalonamento tríplice: pomba, gaivota, falcão.
A mulher que se poderia ter tido ou teve ou se perdeu.
O homem que a recorta.
O papel e a tesoura.
A caixa amarela de lata com bonecos de plástico duro.
A febre desenhadora de visões nos cortinados.
Antigos, elementares, sempre de novo combinados.
Tondela, 9 de Julho de 2005
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