13/07/2005

Louvor

O dia agradeci, manhã cedo.
Louvei todo o ouro, todo o lixo.
Fi-lo em interior calamento.

O dia andei.
Na camioneta adormeci.
Acordei no destino.

Mudei coisas de sítio,
pelo que mudei
sítios também.

Entretanto, rodava a luz
seu relógio de sombra.
Nós, ponteiros.

Entardeceu o açúcar,
agora. Olhemo-lo:
uma hemorragia de laranjeiras.

Agradeço a noite nova,
que agora louvo.
Levanto-me nela.




Tondela, fim do dia 12 de Julho de 2005

Sem comentários:

Canzoada Assaltante