Não entendo a literatura (muito em particular, a poesia) como uma mensagem, no sentido de recado. Entendo-a (e pratico-a) como relatório. Resultado inicial, não final, das transformações que as coisas do mundo sofrem no interior disto: o meu corpo. Quanto às transformações, para fora, do meu próprio corpo, essas serão do foro clínico. Não têm qualquer interesse, excepto talvez o de trazerem consigo (aí sim) recados da vida, do tempo e da morte.
Caramulo, 14h58m da tarde de sábado, 14 de Outubro de 2006
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