Souto, Casa, tarde de 9 de Agosto de 2009
Estou interessado nas luzes que sobem das águas escuras de noite.
Mal não tem, nem importância, que a atenção se cative das casas / apagadas.
O mundo é um dos lugares possíveis na atenção de escuras águas.
A ponte imagina o outro lado, versa e reversa, como um corpo a outro.
Sinto a claridade das entidades escuras: as árvores, as antenas, os / adormecidos.
Reconhecendo a propriedade do tempo sobre o nosso quintal pessoal,
a eternidade segue dentro de momentos sem qualquer dificuldade.
Não minto a claridade das entidades escuras: as aves, as antenas, os / antepassados.
Com um pouco de calma, a luz deixa que lhe mexam nas asas, aceita subir / aos olhos.
Importância não tem, nem mal, que roxa venha ao dia interior da noite, / a luz.
Últimos cães transitam policiando as sombras das janelas derradeiras.
E se do castelo nos chegarem notícias, lampejos de ferro, vapor de / caldeirões,
há-de ser bom estar vivo com muita atenção à chapa metálica do rio,
sobre que voga a Lua e as adiadas mortandades dos atentos, escuramente.
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