As pessoas tornam mundial a rua, as chávenas, tudo
o que tocam com as suas vidas ordinárias todas acesas.
As pessoas trazem os fantasmas a passear, sorriem-nos
com eles ao ombro, tocam-nos com comovida simpatia.
As décadas retocam os postais nos quiosques, retocam.
Invisíveis campanhas incutem comércio aos pensamentos.
As cores vêm e vão e voltam nas roupas, nos outonos.
As crianças desmesuram-se, podem votar e sentir tristeza adulta.
Sempre gémeos da terra, os animais pensam a sós,
tratam por iguais os fios de ouro do rio, as safiras
que caem das frases humanas ao chão da rua.
Animais e pessoas rumam em união ao desagravo.
Cidade e rio espelham-se, palombina, palombino.
E de ordinário a todos traz e leva o destino.
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