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Noite de 13 de Fevereiro de 2009
DEPOIS A NOITE
É o sítio capaz dos desvalidos.
Flanela que a oftalmologia não favorece.
Território dos discos pe(r)didos.
Mãe q’engorda, pai q’emagrece.
Sítio de imos lobos. Raposas poucas
favorecem os faróis entelógicos.
No mais, as coisas são loucas.
Também os loucos estão e são lógicos.
Vamos ao Tó-Mário. Dinheiro,
enfim, é coisa pouca, no Canadá.
Antes te valera ser paneleiro.
Agora dá, ora não dá, Abrunheiro.
O corpo do menino é todo o menino.
Ele já favorece o sal, a areia e o sol.
O menino é uma das flores continentes
derredor. Não há que chatear a Natureza.
Os animais praticam uma elegância pobre:
sobrevivência se chama a elegância pobre
dos animais. Os animais são a elegância pobre
dos bichos. E os bichos são a elegância pobre,
meninos.
Dentro do idioma, a pessoa tem condições para resistir. Pode não ter mais nada. Pode só ter o idioma, só. Tendo idioma, tem resistência: é riquíssima.
É claro que dores excessivas, por excessivas, podem exceder o idioma: a morte de algum filho. Se Deus nos não livrar disso, por inExistência, então que as Estrelas. É claro.
Noite agora em Pombal. Li. Vi. Ouvi. Não conheço, mas reconheço.
Tempo das palavras novas, sim:
Céspides
Holograízes
Choupalimas
Favoríceas
Delumbantes
Temorquídeas
Semelumbrantes
Morrímeas
.
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