VIAGEM
AO LOURIÇAL AO CABO DA MANHÃ DE SEXTA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2012
Acabada a última manhã do corrente Agosto,
o Mês Parolo por excelência. Não obsta à obstinação de seguir vivo, porém. Dos
terrenos verdes ao algodoado anil celeste sobem casarios e arvoredos cuja
singeleza difícil marca o fado da obra pensativa. Espontâneo pergaminho, a
aragem dá voltas-idas bombeiras pela Grande Redoma.
Almoça a fracção de humanidade que o tem.
Entra, largo já, o Grande Zinco da tarde: praia seca, metalizada. Lameiros
estiolam, ervas enxutas clamam por água, ferros-velhos acodem despojos de
batalhas perdidas no Tempo: aquele Fiat Ritmo desconjuntado foi a poupança de
alguém-casa-entretanto-ex.
Mas também: o esplendor de uma figueira cujo
nadir é um cão deitado. Além dela, um parco milheiral vertebrando a pulsão do
crescimento: dentes-de-leite, seus grãos pueris.
Fomos e viemos. Estamos de
chegada. Já se vê o Castelo. Desferimos a rotunda, procuramos sombra para o
carro: não divergimos do comum mundo, salvo o e no amor.
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