Eduardo não aparece nunca por aqui. Vi-o
hoje, reflectido daqui a dez anos em um vidro de montra ante que só eu estava.
*
Ela diz-me assim – Então está de volta.
Eu digo – Sim, como as doenças.
Ela – Não, como o Verão.
Eu – Obrigado.
Ela – Não tem de quê, eu era para dizer
Primavera, mas era maricas.
Eu – Verão é macho.
Ela – Pois é.
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