© Forest of
Beech Trees - Klimt
Dou-te íris.
Vem daí um pouco.
Vamos ao Abadia ter calor, vem.
Ensino-te as ruas.
Tu ensinas-me o nome das árvores.
Sabes tu que tenho feito?
Desconhecedor dos nomes delas,
atribuo-lhes nomes de meninas:
estas três em frente ao Viaduto são
a Raquel, a Magda e a Hermínia;
a que às seis da manhã tinha um único
pássaro,
perto da casa do cirurgião Manuel Antunes,
é a Natércia;
uma que uma vez trepei para que
o céu não fosse tão desumanamente longe,
essa ainda se chama Genciana.
No Choupal, claro, é uma alegria, são
tantas
como as horas de uma vida, tantas, tontas,
tintas, chamam-se algumas:
Brígida (do lado do bufete onde servem
cerveja preta e ovos cozidos), Lenamar (já quase-quase na Quinta dos Borges),
Ricardina, Olava, Nefertiti, Glúmida, Fernanda, Genciana-B, Ferrina, Bembeija,
CosiFanTutti, Canina, Derília-Santos, Rítzia, Unida, Para-Sempre, Como-Nunca,
Atéquefina, Mandarina, Leocádia, Literária, Nãossucede, Cáspia, Marmorta,
Saudade, Genciana-C, Minhamãe, Doutíris, Daípouca, Abadia, Abanoite, Terrível,
Pepita, Népia, Tercina, Apogiatura, Peneirita, Esfalfa,
AdministraçãoRegionalVerde-Rubra, Semproutonal, Celorica, Ribeirapenata,
Saramagente, Lívia, Múria, Naifininfa, Tomásia, Tatacha, Nectorangina,
Limonetista, Ametriste, Circunvalada, Tentugalina, Sgra, Amorfa, Cortazariana,
Redesprés, Egípcia, Prumosa, Rossaya, Lodimartineza, Aspília, Monteformosa,
Cerúlea, Tantatontatinta, Natália, Sofista, Crúzia, Rebentação-de-Pó-de-Flor, Certa
(também ao lado, mas do outro, do bufete onde servem cerveja cozida e ovos pretos), Darda, Si, Josécídica,
Dona-Lucínia, Rica, Rickygerveza, Tulimane, Inca, Iça, Quadrata, Caracola,
Remanesgente, Prurida, Leixamira, Cumália, Beltina, Cetetê, Leoferriana,
Frigorífica, Matatenentista, Juraquessim, Tássememaver, Horasdumavida,
Queiroziana, Simónica, Mónica, Única, Betraste, Eduardiana, Noronha, Gustante,
Ristra, Rubéola, Raquel-B, Magda-B & Hermínia-B.
(Pois que, não podendo versos, posso
árvores.)
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