O ROSTO DELA POR
ELA EM CHOUPAL BEIRA-FLUVIAL
Leiria, terça-feira, 7 de Agosto de 2012
E dela o
rosto, qual brasão de frontaria sobre campo de fantasia,
coando-a,
temperava a luz través calmos álamos,
que
bastavam do rio, a ele rentes e por onde ela,
o rumor
tinteiro. Era solar e claro o dia inteiro.
Devaneava
esplendor o mero existir, positivo e plácido.
Ela
fulgurava diamantações as mais estremecidas.
Sozinha
como apelo de quem só ao pedir possui,
desvanecia-se
de austeras frugalidades evanescidas.
Fraca
coisa, pensar que pensar se pensa, lavrar o lavrado
pedras
entre, aquém sempre o decote, o mote, o desnorte.
Druídica
embora, todavia jovial e entanto fresca, a norte
a copa, ao
nadir a raiz exposta, envolve-a o mato cerrado.
E dela o
rosto, qual a moeda à sombra oboloda p’la luz,
retine de
si mesmo a prataria, que é de lei sozinhadora.
Queda-se em
lápis um homem a passar vendo, que passa
a contar os
miúdos centavos da Vida, que dela nela mora.
Lastravam
pois, e então, o chão não ignóbeis maravilhas, quais
o
viscoterno gastrópode da terna tenra casca ágil e frágil estriada
a
espiral-de-nebulosADN. Além, estreme, a fímbria de pardais
refrige música: que ela, se
ouve, a não escuta. Mais nada.
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