Souto, Casa, noite de 24 de Fevereiro de 2010
Algures no tempo-espaço (sobre a neve talvez), Eugénio Lisboa leu Rui Knopfli, escreveu as palavras que lhe ocorreram em consequência de ter lido. Pessoas há que, não escrevendo nem lendo, fazem o mesmo, em palavras ditas sobre ouvidas palavras. Estas espirais são incessantes. O lobo persegue o coelho, caça-o ou não, come-o ou não, mas não consta que fale muito disso à matilha. Nós-outros somos muitas vezes como os lobos, caçamos ou não lemos, escrevemos ou não comemos. Mas perseguimos sempre, não sei o quê.
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