Pombal, manhã de 23 de Fevereiro de 2010
Falou-se na festa de jubilação da Senhora Rosa Margarida, portanto foi de flores que mais se falou. Rosa e margarida, ela fez sempre por merecer cor e perfume e frescura e símbolo e simpatia. A festa realizou-se.
O casal Santana (Carlos e Verónica) trouxe garmentas, cujo escarlate sangrou vivamente o linho muito branco da mesa principal.
O matrimónio Ventura (Fernão e Jacinta) conseguiu falópias, sempre tão raras, tão amarelas, tão frágeis e tão inesquecíveis.
O solteirão Rafael Vinco fez jus à condição singular, ao trazer uma única valústia – mas ninguém regateou ohs! à imponente aura violácea daquela coroa de ópio.
A lésbica Maria Pedro não alcançou cortar um pé do que se propusera (as incandescentes ruivosas), mas compensou-se e compensou-nos com uma leonina braçada de junifras que muitos confundimos com jacintilhas: eram junifras, porém.
Os professores Maribelo, Cesório, Jerónimo e Maria da Esperança quotizaram-se para produção de uma muito institucional e muito republicana cabeça de pólipas metastizadas de turomenhas, santabitanas, dardos-de-água, ossos-de-preto, morgadinhas, zeferinas, corpos-presentes, lactas, sofias e escanéus. Foram republicana e institucionalmente aplaudidos.
Eu e o meu companheiro em boa hora optámos pela modéstia de duas jactâncias.
O Restaurante Tapada dos Leitões ofereceu a flor do espumante.
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