© DA.
Interlúdio - 5
3.ª-Feira, 4 de Janeiro de 2022
Veramente
interludiando-me,
aposto
a vaca-magra em vil cavalo.
Rupias
holandesas são meus versos,
piastras
de Ceilão me não pertencem.
Cruzei
o Rio Douro em demanda
da
Leonor licenciada em festa.
Levei
comigo um corpo de banda,
senhores
Dias & Paio indo à testa.
Sou
da fonte dos inventos uivantes,
faço
d’irmão-de-mim não-geminado.
Só
preciso de leitura sem sinecura
que
meus versos aprece valiosos.
Ambrosia-dos-deuses-nectarina,
afago
a cabecita de gato
&
humores seminais à Coralina:
tríplice
receita de queijo & rato.
Troco
de chapéus sem usar cabeça?
Versejo
menorismos engraçados?
Eu
hei-de ser feliz quão m’apeteça,
já
não deixo nem recebo recados.
(...)
Meu
tempo de abrir finalidade,
ser-de-Coimbra-até-terminação.
E
já agora, ser um anjo pela Cidade
cuja
Rainha (Santa) é de Rosas-por-Pão.
Da
Galiza, desceu a sul de seu nascimento
certo
remo(r)to bisavô meu (talvez judeu).
Nada
apuro dele em genealogias que, de momento,
não
traço nem tracei, ó jesus-diabo-macabeu!
Deverá
ter sido fundador de minha materlinhagem,
não
sei, nada possuo dos jornais da época.
Da
extensão de minha idade? Uns dizem que é pouca,
mas
tais são mais velhos, distorcem a imagem.
Sei
demasiado pouco, mas pertenço a leituras
que
me infantilizam mui genealogias futuras.
Sim,
cuido de bibliografias
que
me aclaram as noites & me nevam os dias.
Sofro
não-comedidamente a morte de amigos.
Aparecem-me
no jornal, quais artistas-de-variedades.
Uns,
mais velhitos; mais novos, outros – não é das idades,
é
antes de nascimentos volvidos a castigos.
(...)
Da
Galiza, entretanto etc.
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