04/09/2012

IDEÁRIO DE COIMBRA - 39 (trecho) - Coimbra, segunda-feira, 12 de Julho de 2010








A qualidade penitenciária do coração é iniludível mais e mais. Atravesso descalço um relvado regado de fresco – mas desconheço se o faço, se o sonho. Talvez o sonhe, porque me acorda a impossibilidade de iludir a qualidade penitenciária do coração.

2 comentários:

T-Regina disse...

Há dias em que te leio diáfana… são os tais em que migrantemente me fano e ressinto-me em ti sem espelho nem eco. Só espeleologias de alma, se é que são possíveis. Mas entre o que pretendemos e o que podemos, a distância é mais uma ânsia de dizer, com um Tau a bordejar o pensamento (que os outros, os de Taurus, deviam saber com que águas se pe(n)savam… digo eu). Hoje não te li tão diáfana assim, que não estou com apetites de me “faner”, que é como quem diz, de esmaecer-me, murchar-me por dentro como pedúnculo triste mirrado de água. Hoje não. Até porque hoje, o dia em que não esmaeço , anoiteceu candidamente e mantenho umas radículas vivas cá por dentro. Sim, sim, eu sei que passam por pedúnculos porque às vezes se pensa que é por causa disso que me mantenho de pé (ninguém sabe, sossega… o meu pé é direito e alto, é mais raiz, é certo). Hoje não te li diáfana e gostei. Andei a “piétiner” pelas tuas letras, calcorreando, de Pietá na alma, no olhar e no gesto, os espaços rasgados na calçada. Espeleologias, arqueologias…? Arche… pois. (  ) Sem tipo, que desses, uns ou outros, já fartei. Prefiro o mito com toda a sua lenga-lenga, litania, trava-línguas, novena ou septimana, que preserva o coração das coisas. De cor, claro :D Muito e muita cor para os teus dias. É o meu voto (sem “ex-“, de preferência, porque não faz falta). Beijinhos.

Daniel Abrunheiro disse...

É como dizes.

Canzoada Assaltante