01/02/2009

Vi(d)a de F.

Souto, noite de 1 de Fevereiro de 2009



I

Façamos uns aos outros o favor de não existir tanto
outros para uns.

II

Tirando isto,
que fica daquilo?

III

Sobre que estepes e pistas soprarei o mais glaciar
dos meus corações?

Quantos usei até amanhã?

Lobos, revoadas de neve como papel encarquilhada,
frios que ardem como uma punhalada,
a infância toda de repente no sabor de um chocolate
de determinada marca indeterminável e
terminada.

Subitamente sou claramente um homem no escuro.
Trepido sem que por fora se note, comboio de mim mesmo
como toda a gente
em sua vi(d)a de ferro.

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Canzoada Assaltante