Coisas que não
Criar um gato não é o mesmo que dizimar uma população de tigres. Criar um tigre não é o mesmo que dizimar uma população de gatos. Um almoço não é uma almoçarada. Um amigo não é um amigalhaço. Taine (1828-1893) não foi o inventor da tainada. Passos Coelho não vai lá mesmo que tente lá ir como tem vindo a tentar ir lá. Obrigar os professores de Paredes de Coura a carnavalar pelas ruas quase não é o mesmo que desmagalhãesnizar o corso de Torres Vedras. O BCP mandar o Armando Vara para Angola não é nada má ideia, até porque Angola merece isso e pior. A polícia apreender um romance com um nu feminino do século XIX na capa não é coisa por aí além, em Braga. O casamento gay é gajo para não resolver o que por aí vai de fábricas a encerrar. O TGV e o Aeroporto Marginal-Sulista são gajos para também não. O Caso Freeport e a Casa do Benfica não são um casal. Não ir almoçar fora não quer dizer que se tenha para almoçar em casa (como um almoço com um amigo não é o mesmo que uma almoçarada com amigalhaços). Um gato não é um tigre.
Nem Portugal é um país de tigres, tirando os decadentes sacos-de-ossos dos circos pobres que ainda andam por essas vilas e cidadelas a deprimir as crianças e os poetas. De gatos, também não é. Portugal é um país de gatas.
A democracia e o pão com margarina hão-de acabar por matar-se uma ao outro. Nascer na ambulância de ida já é o primeiro acto de morrer na ambulância de volta. Continuar a afirmar o poder local como uma conquista de Abril é ter saudades de Março.
Ainda assim, e apesar de tudo, resistir é giro. Resistir vendo. Resistir lendo. Resistir sendo. Todos sabemos que a tripa-forra da banda(rouba)lheira vai continuar. Todos sabemos que o Carnaval não acabou com o Magalhães nem com os professores na rua. Nem com a boa notícia do Armando Vara ir para Angola. Mas mesmo assim: ele pode haver coisas que não, mas ele é gajo para ainda haver coisas que sim.
Criar um gato não é o mesmo que dizimar uma população de tigres. Criar um tigre não é o mesmo que dizimar uma população de gatos. Um almoço não é uma almoçarada. Um amigo não é um amigalhaço. Taine (1828-1893) não foi o inventor da tainada. Passos Coelho não vai lá mesmo que tente lá ir como tem vindo a tentar ir lá. Obrigar os professores de Paredes de Coura a carnavalar pelas ruas quase não é o mesmo que desmagalhãesnizar o corso de Torres Vedras. O BCP mandar o Armando Vara para Angola não é nada má ideia, até porque Angola merece isso e pior. A polícia apreender um romance com um nu feminino do século XIX na capa não é coisa por aí além, em Braga. O casamento gay é gajo para não resolver o que por aí vai de fábricas a encerrar. O TGV e o Aeroporto Marginal-Sulista são gajos para também não. O Caso Freeport e a Casa do Benfica não são um casal. Não ir almoçar fora não quer dizer que se tenha para almoçar em casa (como um almoço com um amigo não é o mesmo que uma almoçarada com amigalhaços). Um gato não é um tigre.
Nem Portugal é um país de tigres, tirando os decadentes sacos-de-ossos dos circos pobres que ainda andam por essas vilas e cidadelas a deprimir as crianças e os poetas. De gatos, também não é. Portugal é um país de gatas.
A democracia e o pão com margarina hão-de acabar por matar-se uma ao outro. Nascer na ambulância de ida já é o primeiro acto de morrer na ambulância de volta. Continuar a afirmar o poder local como uma conquista de Abril é ter saudades de Março.
Ainda assim, e apesar de tudo, resistir é giro. Resistir vendo. Resistir lendo. Resistir sendo. Todos sabemos que a tripa-forra da banda(rouba)lheira vai continuar. Todos sabemos que o Carnaval não acabou com o Magalhães nem com os professores na rua. Nem com a boa notícia do Armando Vara ir para Angola. Mas mesmo assim: ele pode haver coisas que não, mas ele é gajo para ainda haver coisas que sim.
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