VI
Pouco basta a educar o figurativo coração.
Umas noites de cine-teatro, uma gaze de inaugurações,
vernissage do pintor local sem grandes delicatéssenes.
Geral escassez, mas pelo menos um volvo e uma sogra,
atenta à precisão dos netos e aos copos do genro.
Dizer sempre algum disco dos sessentas,
saber quem foi ou parecia ser o Humberto Delgado,
nunca faltar a uma lancharada vereadora,
estar no assírio certo ao alvim errado
– e fazer de conta que se conta, conto eu.
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