© Sandra Bernardo, Estação de Pombal – 21 de Fevereiro de 2010
VII
De novo vejo o homem na tarde de comboios.
O homem na tarde de comboios não tem aonde ir.
Árvores acodem em moldura de quieta procissão.
O rio parece triste como uma pessoa deitada.
Pássaros angelizam o cartão do céu.
Raparigas de aluguer florescem à sombra da sombra.
O sol desce a meia-haste além-nuvens.
Voltaremos de comboio a nosso passado porvir.
Subsolo, vigiam os nomes mortos em mármore.
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