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Leiria, tarde de 25 e Louriçal, tarde de 26 de Março de 2010
Leiria. Grisa tarde, de golpes frios, anavalhadores. Gente jovem floresce as artérias, gente velha move sombras. O chuvisco bate na idade. Ambulo entre a Rua Cidade de Tokushima e a sede do município. Sentado, ouço conversas de funcionárias da Câmara. Um aquário de néon delimitado de paredes antigas. Depois da entrevista, vou-me embora (coisa que estou sempre a fazer, já nem sei porquê). Esta não é, felizmente, a terra do monstruoso doutor Mengele (Günzburg). É só Leiria. Tenho simpatia pela cidade, feíta embora. Vivi por aqui coisas, algumas boas até. Ainda gosto de cá passar, escrevendo umas poucas linhas suscitadas pelo cenário. Tomei café no Conímbriga, onde antigamente pousava os ossos à saída do trabalho, na companhia distinta de G. C..
De repente é sexta-feira, Leiria faz-se Louriçal, o tempo é o mesmo, outro e de outro dia embora. A cronometeorologia divaga dia-espaço. Minha língua-idioma não varia, aumenta apenas – e muito. Mengele, doutor, era de Günzburg, não daqui, terrinha das Clarissas do Desagravo.
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