Quanto mais me debates
A Democracia transforma as nações em queijo para que as pessoas tenham toda a liberdade de votar nos ratos.
Civilizacionalmente falando, foi inventada ainda não tinha Cristo certidão de nascimento. Foram os Gregos os pais dela. Sabe-se hoje que a inventaram há 26 séculos, os helénicos ratões, só para virem cá ganhar, à segunda volta, o Euro 2004 das bandeirinhas luso-brasileiras. Pronto, agora chega de cultura e de profundidade, vamos aos debates.
Os debates são como os jogos de matraquilhos: em ambiente de feira popular (há bifanas, há torrão-de-alicante, olha o poço-da-morte) dois gajos, um de cada lado, a fazer o que querem dos bonecos. Em Democracia, fazemos de bonecos. E fazemo-lo com um certo entusiasmo, mesmo sem braços. Acontece que eu-pessoalmente-penso-de-que estes debates não interessam derivadó-facto de é-assim: enqueijam-me. Ainda se os matrecos fossem com outros gajos, vá lá. Q’ais outros? Eu digo.
Liedson contra Sousa Tavares, tema O Acordo Ortográfico. João Baião contra Manuel Luís Goucha, tema A Soraia Chaves. Manuela Moura Guedes contra a Princesa Letizia, tema A Jangada de Pedra. António Lobo Antunes contra Alfred Nobel, tema António Lobo Antunes. Miguel Relvas contra Pacheco Pereira, tema A Lista de Schindler. E Alberto João Jardim contra Hugo Chávez, tema A Democracia. Assim é que era. Era ou não era? Ideia maravilhosa para acabar: no fim de cada debate, passavam desenhos animados como antigamente o Jorge Alves e o Vasco Granja. Como aquilo da Democracia é queijo para ratos etc., no fim de cada matraquilhada passavam o Mickey. E os Patetas votavam nele, como sempre fizeram e sempre hão-de fazer.
1 comentário:
Já tinha gostado dela, mas voltei a lê-la.
Enviar um comentário