08/09/2009

& - Primeira referência a Iago Flandres, à Pensão Runa e às senhoras Adelina Esteves e Júlia Príncipe




Souto, Casa, manhã de 8 de Setembro de 2009

(Sombra: 27 de Abril de 2009, algures)

Beleza antecipada do novo dia: pano de luz, pessoas, animais, plantas, pedras. Setembro, mapa vivo, fronteira do Outono. Possibilidade razoável de escrita, certa de leitura. Luta também razoável com os meandros da consciência. Comunidade linguística vingando vindas, partidas & chegadas, idas, vidas. Uma volta documentária por imagens sempre fascinantes, quais elas sejam no dia novo (em folha).

Poder nunca desistir disto: existência redactorial, digo.

Convívio sem vilegiatura de mortos & vivos, inanimados & cósmicos, onde dói e onde não. A vida também como economia emergente em vi(d)as de desenvolvimento. Poder anestesiar algumas vezes o farol dentro: mesmo sem leitura, sem redacção mesmo. Merecer a praia vertical das dez da manhã em plena aldeia, pleno século XXI. Ver passar as bandeiras, os estorninhos, as viaturas do mercado abastecedor, as sombras da noite caídas aos pés do Sol.

Pequenas, ferozes alegrias: um jazz calado a partir de dentro, com muitas janelas, muitas catedrais-de-são-paulo. Inscrição de notas na agenda multianuária para construção íntima do Senhor Iago Flandres, inquilino da Pensão Runa. Nomes de senhoras: Adelina Esteves e Júlia Príncipe.

No televisor, cenas de putas & polícias, donos da bola & autarcas. Carnavais tristíssimos & quotidianos. Mas beleza subida: algumas casas, alguns sertanejos recantos do rio, pontes traçadas a tinta-da-china no ar-papel-de-seda. Isso sim, muitas vezes.

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Canzoada Assaltante