21/08/2021

PARNADA IDEMUNO - 725



725

Sexta-feira,
20 de Agosto de 2021

    Um que esteve em movimento fértil por Itália, Suíça, Espanha: é capaz de ter aproveitado o melhor de seu século. Deixou obra – isso conta. É obra estética & utilitária: serve para ser amada como serve para servir.

    Quando souber que disse o poema.
    Quando eu souber que ele disse o poema.
    Quando ele souber que eu disse o poema.
    Se soubesse dizer o poema.
    Se dissesse saber o poema.

    Disponho de M.C. Escher, de Alain-Fournier, de Al Berto, de P. Nordon dissecando C. Doyle. Não me sinto, portanto, escasseado – por assim dizer. Amanhã é sábado, talvez me vá daqui ao velho frondoso Choupal desta Cidade. Das três últimas vezes, não estive nem andei por lá sozinho: uma vez com a primita Sandra D., outra com a Paula R., outra com o J.J. Carvalho. Três acertos na vida, nem menos.

    Depois, na noite nova, a antiguidade dos próprios pensamentos não suja esta casa. Certa permanência evolutiva ocorre em processo sem esforço. Posso dizer isto de maneira di(verso)versa:

    Mais fundamentada a paz dos mortos é
    quando esquecidos & em paz deixados.
    Nomes de mármore sobre ossos inumados,
    datas sem futuro, soldados sem pré.

    Mas não vale a pena (não esta noite, digo) levar à rua estas dores sem comunhão possível ou sequer provável.

    Um que esteve
    etc.




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