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Terça-feira,
9 de Fevereiro de 2021
Aristóteles, Ptolomeu, Copérnico, Kepler, Galileo, Newton, Einstein – seita do caraças. A linguagem do céu & o idioma da terra abriram para eles o silabário elementar de tudo isto, este incessante espanto de ser, estar, ter sido, estado-ente.
Matemática, Física, Música & Poesia não se repugnam. Energia, matéria, massa, luz, gravidade. Números, notas. Sentido: de rumo como de significação.
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Interrogando o céu, a nós nos interrogamos mesmos.
Primevo é nosso desconcerto, que consertar tentamos ainda.
Ainda & aliás sempre, desde já o rupestre artista, sim.
Láctea, mineral, viaticamente, senhor-fora, ardemos pergunta.
É bonito este resto-zero de Tempo que nos é doado.
Compensamo-lo com recorrentes tragédias brutais.
Na manhã transparente, miremos a aranha tecendo.
Falsídia não conhece, fatacaz de ouro ou tracanaz de prata.
Crianças perpétuas, envelhece-nos a desatenção.
A nós atenta todavia, toda a vida, a morte, lembrados seremos.
E empós, em pó, esquecidos – portanto respondidos.
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