29/06/2007

Rosário Breve - 6 Hey Joe

Sai hoje n'O Ribatejo
a sexta crónica da série
Rosário Breve.
Hey Joe

Eu, o senhor Berardo e a Arte Moderna parecemos ter uma evidentíssima coisa em comum: nenhum dos três percebe nada dos outros dois.
Isto é mesmo assim e não tem mal nenhum. Já com a vida acontece, a nós três e a toda a gente, a mesmíssima coisa: ela não percebe nada de nós e nós não percebemos nada da vida. Vem a morte e resolve tudo: a vida, a Arte Moderna, o senhor Berardo et moi.
Tenho um amigo que é artista moderno e me conhece, do que lhe resulta ser pobre, ao contrário do senhor Berardo.
Tenho uma vida que é uma riqueza, já que, como o senhor Berardo, sou conhecido por artistas (embora só dos modernos).
Já o senhor Berardo, entre milhentas outras coisas, há-de ter pela Arte Moderna o mesmo que tem pelo Rui Costa: algo a que se deve tirar o número, pôr à venda ou arrecadar.
Tudo isto, assim mal posto, deriva, naturalmente, da minha estupidez artística e da minha córnea desconfiança quanto a madeirenses que já tenham ido à África do Sul, agravando-se a desconfiança, por córnea, até a madeirenses que nunca lá foram mas fizeram da Madeira outra África do Sul.
Já o senhor Berardo (que, cada vez que tenta falar, demonstra ser um cidadão de todo o mundo menos daqui) nem deveria para aqui ser chamado. Quem, aliás, o chamou, deveria, no mínimo, ser obrigado a comprar uma reprodução do quadro do menino-que-chora.
Termino com uma tripla seta que nem é seta mas é tripla: eu, o Benfica e o senhor Berardo. Dois de nós três gostamos muito um do outro. E nenhum dos dois é o senhor Berardo.

5 comentários:

Gabriel Oliveira disse...

Já eu, lagarto teimoso, não vejo mal nenhum que venha ao mundo, de cada vez que o sr. Berardo abre a boca. Eheheheh... e aliás, anseio pelos comentários que o sr. Berardo tenha a fazer (que os terá!) sobre o Simão, o Luisão e o Petit. Se ele precisar de ajuda, aqui vão alguns "bitaites":
- (Simão) É um meia-dose que só pensa nas Inglesas. Ele que pegue na sua Marianinha e se ponha a andar. Fuck him!
- (Luisão) De facto, precisava daquele tamanho todo, para poder encaixar tanta burrice. Ele que procure um lugar na equipa de basket, ou que tente acabar a 2ª classe à noite. Fuck him!
- (Petit) Um açaime é que ele precisava. Como cão perigoso que é, talvez não se perdesse muito se fosse abatido, ou então, que regressasse para as tabernas de onde nunca devia ter saído. Fuck him!

Com os melhores cumprimentos para o sr. comendador, e saudações leoninas,

Nuno Gabriel Oliveira

Manuel da Mata disse...

Arte e artistas à parte, só o Benfica é grande!
Um abraço, Daniel.
Manuel

Rui Correia disse...

Fizeste-me lembrar, amigo grande, aquela que se contava sobre o Cavaco Silva: para ele, a diferença entre uma pedra e uma escultuura é que esta, inexplicavelmente, se vende melhor.

Rui Correia disse...

Fizeste-me lembrar, amigo grande, aquela que se contava sobre o Cavaco Silva: para ele, a diferença entre uma pedra e uma escultuura é que esta, inexplicavelmente, se vende melhor.

Afectos disse...

Muitas vezes a selecção (não gosto da palavra) não funciona...

Canzoada Assaltante