Um, dois, três telefonemas. Do outro lado do espelho escuro que todo o telefonema é, a voz de um amigo que perdi. Agradável, apesar do tema. À noite, antes da gravação da história do dia, a escrita da história do dia: "O Parque". Flashes de TV. A pastelaria-padaria é hospitaleira: contra o frio da montanha, o calor dos fornos subsidia a função do casaco de lã que a minha senhora irmã me deu no ano passado. Muito Vásquez Montalbán para dealbar o ano novo: depois de La Soledad del Manager, é tempo de El Laberinto Griego. Coisa rica, a literatura deste senhor catalão tão completo e tão coerente - a ponto de deixar-se morrer no aeroporto de Banguecoque. Uma surda alegria - que não sei de onde vem. Sei aonde chega - e é ao meu corpo. Também - finalmente, não é? Sei que amanhã a tristura recobrará seus impostos de xerife de Nottingham. Mas, entretanto, que se foda.
Caramulo, noite de 3 de Janeiro de 2007
1 comentário:
Claro!! Sem dúvida! Até lá...que se foda! Que se lixe! Que o raio os parta a todos! Beijos meus.
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