26/01/2007

Turismo - Castelões (Rota dos Laranjais) - tarde de 25 de Janeiro de 2007

Descendo a nascente da serra, vimos uma raposa portuguesa cruzando a estrada, embrenhando-se depois na mata. Era como um poema correndo na língua portuguesa. Depois, fotografei a laranjeira estatelada no céu: A pele do dia era água. Depois luz e oiro - simultâneos na laranja:A terra sangra água. A sombra e a luz têm fronteiras definidas. Da água nascemos. As fronteiras são as vidas:
O tecto da catedral: olhemos para cima, cuidado com os pés e com o coração:
Caminhamos com os olhos: nunca c(h)egaremos:
Não temos medo: chegar é ir:
Morámos aqui muitos anos, há tantos anos: que é feito de nós?
Voar é sonho antigo. Pousar, também:

Tinta e papel:
Preso à memória:
Sempre sequiosa, a santidade:
Uma flor negra amanhando o oiro:
Uma criança invisível:

Espero agora a noite. Serei servido. O dia foi frio e puro. Na noite, os nomes: Castelões, Coração de Maria, Portela, Ribeiro, Eiras, Quintal, Quinta da Cruz, Vila de Rei. Caramulo.


Noite: também fria e também pura.

2 comentários:

Maria Carvalho disse...

Simplesmente magnífico o conjunto perfeito das fotografias com as palavras! Bom fim de semana. Beijos.

Anónimo disse...

Não consigo expressar-me de modo diferenre: subscrevo, Paula.

Canzoada Assaltante