de matéria adiposa
são daltabaixo limados
pelas rugas duma grosa.
Tais cus-ânus semelham ser
as próprias caras dos donos.
E até pode acontecer,
se o cabelo lhes crescer,
parecerem machos-conos.
Abundam bundas abundantes
pelo nosso litoral.
Já não é como era dantes.
Já não é, mas não faz mal.
Qu' isto é tudo Portugal.
Qu' isto é tudo litoral.
Quisto é tudo pêlo anal.
O dermóide e o sebáceo
crescem muito prá lanceta.
Se tem casca, é crustáceo.
Se tem banha, é cetáceo.
Se tem rodas, é lambreta.
Certas peidas inflamadas,
tão fendidas de infecção,
lembram rosas requeimadas,
furuncravos da estação.
País de brandos curtumes,
cu é couro Portugal.
Levando nos bons costumes
(tudo em nome da moral),
cu em Fátima,
cu em Braga,
caga e reza,
reza e caga.
Na peidinha é um descanso,
feriado prolongado.
De peidar nunca me canso,
assim peidei este fado.
O dermóide e o sebáceo
crescem muito prá lanceta.
Se tem casca, é crustáceo.
Se tem banha, é cetáceo.
Se tem rodas, é lambreta.
Caramulo, noite de 25 de Janeiro de 2006
4 comentários:
Li e gostei. De resto, gosto sempre dos textos que se constituem como novidade, mas dentro da melhor tradição portuguesa.
Um tal Manuel Maria acharia o máximo.
É evidente que estas coisas se dizem assim apenas nos "blogues".
Abraço.
Gostei!!
Quem quer inverter o "ónus da prova" (quem consegue escrever "ónus da prova" sem se rir?)e demonstrar que o Daniel Abrunheiro usa a a Língua Portuguesa como poucos?
Para o Daniel Abrunheiro, aqui vai:
Ele é cu mole de adipose,
ou cu disjunto - flausina em pose,
mesmo até cu de açafate,
-Oh cu da musa, inspira o vate!
Quem quer inverter o "ónus da prova" (quem consegue escrever "ónus da prova" sem se rir?)e demonstrar que o Daniel Abrunheiro não usa a a Língua Portuguesa como poucos?
Para o Daniel Abrunheiro, aqui vai:
Ele é cu mole de adipose,
ou cu disjunto - flausina em pose,
mesmo até cu de açafate,
-Oh cu da musa, inspira o vate!
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