Sei de coisas que não têm fim
e doutras que apenas não acabam.
Como chegaram até mim
lá de onde elas estavam?
Isso não sei.
Sei pouca coisa
das coisas.
2.
Arranco moscas do ar
como carraças a um cão
transparente.
3.
Os dias são comuns e diversos
como maçãs e mãos.
Não é possível sempre segurar
um dia nas mãos.
Outros dias há que caem
com a gravidade das maçãs.
Depois apodrecem no chão.
Há que se os passar
da mais diversa
da mais incomum
maneira.
Caramulo, esta manhã, sábado, 2 de Setembro de 2006
2 comentários:
Gostei sobretudo desta última parte sobre os dias...
Também eu.
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