02/09/2006

Fado Escãotológico

Não me apanharás no jardim curvado
cheirando as flores e a caca canídea.
Já fiz letras para muito fado.
Não estou isento de perfídia.

Vê lá tu agora nesta altura
é que dou por mim errado.
São minhas letras, é o meu fado.
Não estou isento de loucura.

Mais bem decerto teria feito
de outra maneira que não esta.
Outro o coração, outro o peito,
outra genitália, outra testa.

Ou não? Não. Já agora não.
Nem flor curvada nem caca de cão.




Caramulo, tarde de sábado, 2 de Setembro de 2006

2 comentários:

Anónimo disse...

"Fado Escãotológico" nas imagens do poema.

Maria Carvalho disse...

Mais talvez, na caca de cão. Gostei.

Canzoada Assaltante