Senhor de ninguém
Atrasado mental à escala sideral
Violador de crianças
(as pobrinhas como as riquinhas)
Multiplicador não de valores
Mas de bolsas de valores
Protector de gestores economistas e taxidermistas
Genocida exemplar
Que só está bem a matar
Meteorologista de fugir
Que só está bem a poluir
Domine
És exclusivo de canais de televisão
A consumir em jantares micro-ondas
Domine
Não sejas cobarde
Não te escondas.
Caramulo, tarde de segunda-feira, 18 de Setembro de 2006
3 comentários:
Belo de tão duro: o real? Haverá real tão assim? Por muito que custe, já nem suspeito. Custa, custa muito, aguentar tanta miséria na condição humana. E mais custa, ainda, quando da inocência se faz objecto da infâmia. Perplexidade.
Gosto de gostar dos humanos. Mas... por vezes...
"Domine" é um ready-made em que se crê sem ao menos perguntar "... e porquê?". A criação do mundo, a procriação sem sexo, a vida depois da morte, o infatigável domine de tudo tratou, como uma governanta briosa. Mas a merda toda é que domine não existe, nunca existiu, não o matámos porque não se mata o que não existe. Ficamos nós.
Ficamos nós, sim. Não auguro grande coisa.
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