© DA, Leiria, 29 de Abril de 2012
37. A MANSÃO DO MUNDO, O FESTIM DO MUNDO
Leiria e Pombal, segunda-feira, 24 de
Outubro de 2011
A
mansão do mundo, o festim do mundo,
o
catálogo de cabeças-girassóis consumando o mundo,
o
cadastro lunar das pessoas-aindas,
os
restaurantes de beira-estrada, as flores
dizendo
gerânio-nardo-petúlia-vibrina,
a
constância da inconstâncias, as aves
dizendo
pardal-loquiz-folosa-cidrina,
a
fissura preta-lápis da folha encarnada
da
boca, isso e o restolho outonal, as árvores
dizendo
aloendro-oboé-jaguar-tilimóvel,
ou
nietzscheguevarago, queirozaratustrafalgar,
a
monarquia reduzida a duques de baralho,
a
cartas de rei, a condes já só valetes e a damas
adamascadas
que mal dois pontos valem
na
sueca da república, nem névoa, as ondas
enrolando
de espuma as horas salgadas
em
ponto, a ponto de elas, as ondas,
dizendo
caranguejo-babugem-areielrei-salagem,
se
não tornas a esta casa como hei-de eu
sair
do festim do mundo, da imensidão do
mundo?
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