Obstinada
reiteração te me devolve ainda
a imaginação
abespinhada do corpo.
Penso-te-que-me-sentes:
na estátua de água
que vaporosamente
somos em banhos separados,
ante uma montra com
arlequins para filhos
que nos não
refizemos outra-em-um.
Isto já não era o
amor que ainda é
imaginada obstinada
reiterada abespinhadamente.
Um cesto de maçãs
tomado de oblíquo sol
à mesa de ambas as
separadas cozinhas:
retrato de cada um,
freguês de sua frutaria
em longínquos irrepreensíveis
irremediáveis
povoados.
Vou ainda pela
caligrafia (filografia lhe chamei
hoje),
por onde até onde
vais tu não sei, nem já saber
quero ou posso
querer, podes crer.
E no entanto a
terra movia-se galileiamente
como ainda e sempre
e para sempre, mais
por vezes do que o
mar até, só nós parámos
sem ordem da
polícia nem dos tribunais.
É porque não valíamos nem
merecíamos mais.
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