Pombal, tarde de 2 de Dezembro de 2009
Aos ossos do coração chega por vezes o frio das províncias.
Não é má ideia agasalhá-lo de vez em quando com um sobretudo, não o levar tanto a passear, permitir-lhe uma lareira, um bule de chá entre papéis frescos e flores secas.
Esta noite ele sonhou-me com cisnes poeirentos, com homens sujos dados a sevícias, com lagos de cimento, só cimento.
Também me sonhou uma ida ao cinema quando viver não era ainda isto, isto apenas, este engano de atribuir ossos ao coração.
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