© André Kertész
Sixth Avenue, NY, 1959
Souto, Casa, manhã de 24 de Dezembro de 2009
Acorda para a imagem instantânea do tempo como rio
e a água da idade fica represa no tempo mesmo de acordar
os cantores de rua trabalham já as canções antigas
os invernos fazem barragem de folhas caídas à flor da água
é bonito sentir as esferas que prensam as leis do sono
ele acorda e não desperta, ele acorda e não desperta
mas sente a força invencível do tempo nas persianas
todo o quarto se volve nave de esferas de águas
abre a janela e vai seco o rio, boceja e meia dúzia de lágrimas
da mesma água de dar de beber aos cantores.
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